quarta-feira, 8 de julho de 2015

Um novo começo



Já parou pra perceber quantas mudanças ocorrem na sua vida? Ou você é o mesmo sempre? Ah, então cuidado para não estar vivendo em círculos. Rs. Bom, no que diz respeito à minha vida, mudanças parecem ser diárias. Pense numa pessoa que muda de lugar, muda de convívios, de relacionamentos pessoais, cursinho, faculdade, igreja, gostos, cidades, e milhaaaaaares de mudanças que nos fazem crescer e sempre acrescentar um aprendizado novo. Mas o que tem que ficar mesmo é a identidade. Aquele tal do... “quem é você”. E é por conhecer um pouco do meu “quem sou eu” que decidi voltar a escrever. Uma das áreas que mais gosto de explorar na vida está meio que estacionada; a comunicação. Eu tomava conta de um grupo de jovens na igreja e ao mudar de cidade, todos ficaram no meu coração, mas a relação já não é a mesma. Não tenho mais muita gente pra estar aconselhando e ao chegar ao púlpito para pregar - algo que gosto muito de fazer também - o diálogo não é o mesmo que cara a cara, não é verdade? Esse convívio sem muitas pessoinhas para ouvir e aconselhar, dialogar ou calar me fez voltar a escrever. Decidi então, mudar o nome e transcrever nesse blog não apenas reflexões do dia a dia, ou alguns momentos particulares, como os textos antigos ai embaixo, mas vou estar sempre falando sobre o tema base mais falado por mim para aqueles que me conheceram até hoje. INTIMIDADE COM DEUS. É muito amor envolvido nesse relacionamento com o Senhor e decidi compartilhar com vocês algumas experiências, vivências, mudanças de vida, conhecimento, aprendizado e crescimento com o Espírito Santo nesse mundo novo que nos está sendo apresentado no século XXI. Espero que se empenhem nessa caminhada comigo e que comentem também suas experiências. Vamos aprender uns com os outros para nos tornarmos a nação santa que o Senhor procura (1 Pedro 2.9). A partir de hoje pode se considerar em um relacionamento sério com Deus! Let’s go? :D

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Vivo, mas não vive.

O ser humano é complexo. Em um mesmo momento consegue amar e odiar, afirmar e duvidar, guardar e falar, expressar e se intimidar. Tem uma capacidade incrível de mostrar o que não é. Não por querer ser o cínico do momento, mas por temer. Tem medo de ser julgado, medo de ser deixado de lado, medo de se mostrar totalmente diferente do que alguém esperava, medo de expressar as ideias mirabolantes, os sentimentos extravagantes, os amores proibidos, os sonhos irrealizáveis. E por tanto temer, não vive. Esta vivo, mas não vive. O medo tira a nossa capacidade de viver, de ver, crer, ser, agir, sentir. O medo tira o nosso "eu". Deixamos de fazer o que queremos, deixamos de passar o que sentimos porque existe um outro, existe um alguém que vai pensar, vai achar, vai falar, vai tirar conclusões... E nesse desenlace, quem dança somos nós. Até quando vamos guardar as coisas como uma caixinha de surpresas? - Se bem que essa caixinha pode estragar antes de ser aberta. - Até quando vamos guardar nossa visão de mundo, nossas ideologias, princípios e valores com medo do que o outro vai pensar? Você já tentou ser você mesmo? Já tentou colocar para fora aquilo que fica escondido atrás de toda essa armadura, toda essa massa corporal? Tudo que se encontra no fundo da sua alma vem de você. Faz parte de você. Demora um certo tempo pra descobrir porque estamos mais preocupados com o que desejamos. E desejamos mesmo. E muito. Tudo que não alcançamos e, até mesmo, coisas que não vamos alcançar. Mas no fundo é aquela coisa... o que queremos mesmo é descobrir quem somos. Porque o tempo vai continuar passando, e se um dia, do pó viemos, é assim também que vamos terminar. Mas e todo esse tempo que passamos aqui nessa terra? Quando alguém lembrar o seu nome, quando alguém lembrar de você, o que virá à mente? O que poderá se chamar "recordação"? Não vamos continuar sendo esses meros mortais. Ainda há tempo de elaborar tudo direitinho, mapeiar tudo certinho, mas sem contornos. Sem enfeites. É hora de mostrar que dá pra ser o que você nasceu pra ser. É possível viver da forma que você escolheu viver. É possível fazer, falar, mostrar, sentir aquilo que você diz ser necessário para você. Você é único e nada, nem ninguém pode mudar isso. Alguém pode até acrescentar, mas não deixe diminuir. É hora de colocar aquela bailarina, ou aquele palhaço que existe aí dentro para fora. É hora de "dar corda" na caixinha e abrir a tampa. Chegou a hora de deixar "a musiquinha tocar". É exatamente esse o momento de exalar aquele sentimento mais puro, mais extraordinário, aquela vontade mais extravagante, aquele sorriso mais contagiante, as ideias principiantes, os valores incomparáveis e, o mais importante, a essência de mostrar que você está vivo e vive nesse mundo. Afinal, vivos muitos estão, mas vivendo, conta-se à dedo.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Enxergo ali, aqui é difícil

"Se eu me humilhar diante do teu altar e sacrificar aquilo que me custar tu inclinarás os teus ouvidos ao meu clamor..." (André Valadão)
Sinto-me envergonhada, constrangida, retraída. Sinto-me no direito e no dever de pedir perdão. Não por ter cometido o pior pecado do mundo, mas por cometê-lo todos os dias. Quem sou eu para dizer se isto ou aquilo é feio ou bonito? Se ela ou ele é merecedor de algo? Por que eu ainda insisto em julgar os outros? O pior é que, na maioria das vezes, foi inevitável. É, mas isso é agora, hoje em dia. O engraçado é que nós, seres humanos, julgamos nosso visinho. Aquele que também é feito de carne e osso, moléculas, tecidos, órgãos, enfim, o dono de toda aquela estrutura humana que todos temos em comum. Mas a abundância de uns faz os outros julgarem a carência de outros. Quando ela é muito gorda e ele muito magro, ou vice-versa, a gente diz: “Coitada...” A aparência é diferente. Claro. Ninguém é igual a ninguém. Então, é por isso que julgamos? Deus criou o homem a sua imagem e semelhança. Parei para pensar nesta frase. Vieram umas ideias com ou meio sem lógicas: "Se o homem é a semelhança, então, estou julgando o próprio Deus a julgá-lo. Se Deus criou, ele é o dono. Ele é quem manda, claro, se nós, os criados, escolhermos isso, então, supostamente, só ele tem o direito de 'julgar'". Ele criou cada qual com sua essência, com um toque diferente. É. Talvez seja por isso que nós julgamos muito. Eu não aceito a minha composição. Não aceito por completo o que tenho e nem o que sou. Você também não. Na verdade, tudo que temos, o que somos, o que queremos, o que teremos um dia, nada, nada nunca nos satisfará por inteiro. É do ser humano esse inconformismo. Uma vez que, coisas novas surgem a todo o momento. Mas ser inconformada e querer mais, não me dá o direito de pensar: “Como é que ela consegue vestir um short daquele tamanho? Como é que ela usa aquela saia ridícula da ciclone?” Aprendi que existe uma pessoa a mais dentro de mim. Com ele, a trindade celestial é formada. Meu amigo Espírito Santo. E com toda intimidade que tenho com ele, eu já sei que ele entra em meu coração e faz morada por que eu, eu escolhi isso. Sei da sua educação. E se ela usa aquela saia ou aquele short é porque ele ainda está no tapete de fora, está com a mão na sirene tentando entrar, mas ela ainda não quis. Entende? O Espírito Santo é quem nos transforma. É ele quem me diz o que usar, o que fazer, ele me dá a direção, quando EU escolho que ele dê. Então, se tenho esse conhecimento de mundo, por que continuo a julgar? Por que será que quando essa mesma menina entra na igreja eu penso: “Jesus, cadê a referência à tua casa, Papai?” Por que eu passo pela rua e automaticamente julgo alguém pela cor, pelo modo de olhar, andar, vestir ou falar e penso: “Ele vai me assaltar.” Mas há uma explicação para tudo. O Apóstolo Paulo tem me ensinado muito. É, aquele que perseguia os seguidores de Jesus. Ele mesmo. (isso foi só para termos uma ideia de como Jesus pode transformar o homem) Paulo me pergunta: “Você tem a certeza de que é guia dos cegos, luz para os que estão na escuridão, orientador dos que não têm instrução e professor dos jovens... Você que ensina aos outros, por que é que não ensina a você mesmo? Você se orgulha de ter a lei de Deus, mas é uma vergonha para Deus porque desobedece a sua lei.” (Rm 2; 19-23) e antes mesmo, o Senhor Jesus tinha dito: “Não julguem os outros para vocês não serem julgados por Deus... Por que é que você vê o cisco que está no olho do seu irmão e não repara na trave de madeira que está no seu próprio olho?” (Mt 7; 1-2) Não há o que contestar. Eu apenas entendi que se continuar julgando, se continuar só pensando determinadas coisas a respeito dele ou dela, o Senhor me julgará. Sendo assim, peço perdão, mais uma vez ao Senhor por todos os pensamentos impuros, todas palavras insanas que um dia os meus lábios proferiram a respeito de alguém. Eu me humilho sim. Rendo-me ao peso do teu amor, Senhor, e peço que não só à mim, mas a todos o Senhor possa tocar de maneira que venha reconhecer essa falha. Sabe, eu sei que parece realmente inevitável, mas volto a dizer: O Espírito Santo nos convence do pecado, nos mostra e permite que venhamos nos sentir envergonhados. Então, é possível sim ser diferente. É possível sim repreender o pensamento que vai de contra ao que queremos idealizar para uma pessoa. E se ao invés de julgar, orarmos para que Deus transforme, mude o caráter daquela pessoa? É melhor tirarmos o pedaço de madeira, as escamas dos nossos olhos e olharmos para nós mesmos. É muito mais agradável enxergar o que é nosso, como estamos, como agimos, ao invés de olhar para o que o visinho faz. A partir de hoje: “Macaco olha para o rabo sim!”

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Papai, só mais uma pergunta



“(...)
- Deus não impede um monte de coisas que lhe causam dor. O mundo de vocês está seriamente deturpado. Vocês exigiram a independência e agora têm raiva daquele que os amou o bastante para lhes dar o mundo. Nada é como deveria ser, como Papai deseja que seja e como será um dia. Neste momento o seu mundo está perdido na escuridão e no caos, e coisas horríveis acontecem com aqueles de quem ele gosta especialmente.
- Então por que ele não faz algo a respeito?
- Ele já fez...
- Quer dizer, o que Jesus fez?
- Por amor, ele escolheu o caminho da cruz, onde a misericórdia triunfa sobre a justiça por causa do amor. Você preferia que ele tivesse escolhido a justiça para todo mundo?
- Não.” 

(A Cabana – Willian P. Young)
____________
“Pai, você está ai?
- Estou à escutar-te, filha.
- Papai, mostra-me a tua glória?
- Filha, Moisés já me pediu isso, lembras?
- Lembro, Senhor, mas eu também quero, ao menos, tentar ver-te.
- Filha, eu sei que queres me ver face a face, mas lembras também que nem Moisés agüentou o peso da minha glória? Então, sacia-te apenas em saber que eu sou Deus, eu sou o que sou e não há outro.
- Está bem, Papai. Contemplar-te e saber que a vida do teu filho amado foi entregue por mim e por todos basta. Hoje, basta.
Ela tornou a chamar:
- Pai, sabe, eu sei que não posso e nem quero mudar as tuas obras, mas por favor, exclua o meu livre-arbítrio? Por favor, exclua a minha independência. Exclua tudo o que há e que pode me fazer pensar que não dependo dê ti. Pai, eu quero o que o Senhor quer. Quero a tua vontade. Se tu me disseres: “vá” eu irei. Se me disseres: “não faça”, não farei. Papai, eu sou totalmente dependente dê ti. Não sei andar sozinha, eu não quero. Paizinho, já que eu não posso te ver, posso te sentir, não é mesmo? Ah, Deus, só o Senhor para me alegrar, encorajar, fazer-me permanecer, confiar. Eu te amo, sabia? Não canso de te dizer.
E por fim, ela pediu:
- Papai, só mais uma coisa. Transforma os “Saulos” desde mundo? Senhor, abre os olhos espirituais, ensina-os a ouvir teu coração. Deus, existe tantos cegos. São inúmeros os que o Senhor chama e dizem: “Quem é o senhor?” Não reconhecem a tua voz, não contemplam a tua face. Papai, ressuscita os “Ananias” neste tempo. Eu sei que o Senhor espera ouvir: “Aqui estou, Senhor.” (Atos 9) Traz um novo tempo, aviva este povo. Ah, Paizinho, quando chegará o dia em que eles reconhecerão o sacrifício? Quando eles reconhecerão que nada podem fazer sozinhos?
- Filha, o controle desde mundo está em minhas mãos, mas vos dei o direito de fazer escolhas. Não forço ninguém a nada. Então, quando vós disseres: “por que permitiste, Senhor?” Eu vos direi: “A escolha foi sua.” Quando desistires de ser “juiz” eu os abraçarei com amor em vez de castigá-los com suas percepções egocêntricas de como todos acham que o universo deveria ser.
E as respostas do Senhor calaram sua boca e preencheram seu coração.”

(o "filha" refere-se à mim)

domingo, 1 de janeiro de 2012

Um ano, O ano



“Quando tenho medo de fracassar; quando tenho medo de não vencer; quando tenho medo de não tentar; quando tenho medo se ser...” (Ludimila Ferber)

"Se o verdadeiro amor lança fora todo medo", o que eu tenho a temer? Se mais uma vez, durante 365 dias o Senhor Jesus esteve ao meu lado, por que pensar que me deixaria?
Um verbo lindo: Agradecer. E é isso que venho fazer. Mesmo sabendo que não sou digna de tanto amor, não merecendo o seu perdão, sabendo que não sou nada, eu reconheço a tua plenitude, a tua majestade santa, o peso da tua glória, Pai. Quero te honrar, me humilhar e agradecer por este ano de 2011. Costumo dizer que não existe nada por acaso - já que não foi por um acaso que o mundo surgiu, se houve um criador, se foi o mesmo que me formou, alguma coisa ele quer de mim. E como se uma dose de serotonina inundasse o meu ser neste momento. Começo a lembrar de tudo que vivi. Foi um início de ano difícil. Foi uma mudança abalável. Estive me sentindo só. Muitos momentos foram assim. Muitas lágrimas foram derramadas. Palavras entranhadas em meio ser faziam-me sofrer. Deixei pessoas, família, amigos, conhecidos. Deixei uma vida de lado. “Cada dia você nasce de novo. Cada dia é uma vida, não diga que só há uma. Existem outras vidas.” (Mitch Albom) Mas um certo reconhecimento tomou parte do meu coração. “Se durante toda minha vida eu entreguei meus passos ao Senhor, disse que eu era sua casa, aceitei que ele fizesse morada, pedi que me guiasse, que me guardasse, cantei que ele tem o melhor para mim, por que ficar me lamentando pela solidão? Pelo que ele mesmo me concedeu? Então, passei a aceitar tudo que estava passando. Aceitar os momentos difíceis. E foi a partir de tudo isso que tive um encontro maior com Deus. Costumo dizer: “esse foi O ANO.” Foi o ano de abrir os olhos espirituais, abrir a mente para o novo. Foi o ano em que eu, verdadeiramente, senti Jesus me dizer: “Eu estou no barco.” A passagem dos discípulos no mar em que Jesus acalmou a tempestade veio certa em meu coração a todo momento. Foram muitos momentos. Sabe quando você não encontra ninguém para conversar, ninguém para contar o que realmente você quer naquele momento, alguém para te dar um consolo, deitar no colo, rir ou chorar? Passei por isso esse ano. Mas encontrei um refúgio. A todo, todo momento meu querido JESUS estava ao meu lado. Senti a sua presença de uma forma inexplicável. Esse ano foi o ano de renovação sim. Foi o ano em que eu me encontrei mais próxima de uma pessoa chamada Espírito Santo. O que era apenas um coleguismo passou a ser uma amizade, melhor amigo. Ele conhece as minhas fraquezas, sabe o que penso, como estou. Conhece quando falo estar bem e por dentro as lágrimas escorrem. Agora eu posso dizer sim: Eu vivo com a trindade celestial: Deus, Jesus e o Espírito Santo. E quer saber? Eu não os deixo por nada, nada neste mundo. É um amor, uma confiança, um apego que ultrapassa limites, é algo sobrenatural. Eu sou apaixonada por eles. Demasiadamente. E quando vi, meu ano já se fazia diferente. Conheci novas pessoas, passei a aprender a conviver com inúmeras diferenças, diferi muito meu jeito de pensar. Hoje, considero-me mais otimista – ainda me pego com algumas lamentações, mas mudei muito para o que era. Aprendi uma coisa: Somos o que queremos ser, o que tentamos, ao menos. Então, estou me esforçando para ser melhor. Quero mesmo agradecer por todos os livramentos – vistos e não vistos – pelas necessidades físicas supridas, pela sabedoria e aprendizado, por minha família, pelos amigos que fiz e pelos que o Senhor afastou, pela oportunidade de ter o melhor ensino, morar sozinha e entender que essa foi a tua forma de trabalhar no meu interior. Agradeço-te, Senhor por tudo. E se tenho o direito de pedir algo, só digo: O Senhor conhece o meu deitar, meu levantar, meu falar e pensar, então, te peço que a Tua vontade seja feita em minha vida. O que tiver que acontecer esse ano, acontecerá. Ajude-me a crer mais um pouco, a confiar mais um pouco, a não querer entender o teu trabalhar em minha vida. Ajude-me a não murmurar, não desobedecer. E no mais, digo-te: Eu tenho um chamado, eu sei disso. Não fujo em momento algum, mas também não quero precipitar-me. Quero o IDE, eu aceito. Eis-me aqui, de todo coração, com toda minha alma. Então, Senhor, que seja feita a Tua vontade em minha vida este ano de 2012, mas que não seja o fim, e sim o início de muitas vitórias, por favor.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Alta madrugada





“Alta madrugada vai já estou cansada, mas ouço Deus me chamar... Eu vou já estou indo ao teu encontro, Senhor. Vou correndo ao teu encontro”

Um amor maior. Um amor tão grande. Uma adoração constante. Um prazer imenso. Um toque delicado. Uma nota suave. Um som aconchegante. Uma voz bradante.
Palavras, palavras. Não faltam palavras... Ele ouve. Me ouve. Não cansa. Eu digo, eu choro, me derramo. Ouço que: “Eu serei pai de multidões tocarei em muitas gerações...” Agora sim, sem palavras. Lágrimas, lágrimas, lágrimas.
E sei que tenho o dever de: “Anunciar tua salvação...”
E assim: “como fiz com Davi, com meu óleo te ungi pra reinar e vencer as batalhas...”

Ah, Deus, por quê as pessoas não querem, Senhor? Por quê não querem sentir a tua graça, tua imensa glória? Por quê, Espírito Santo? Por quê não renunciar a carne, os desejos, o pecado? Por quê, Deus? Se “não tenho tempo pra perder com ressentimentos porque Ele me ama... Ele me ama”. Se todos sabem que “Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito, para que todo o que nele crê não perca, mas tenha vida eterna.”? (João 3;16)

Ah, é inexplicável. Eu quero me afogar no seu coração. Adociar-me, encher-me da sua glória, seu espírito. Eu quero o caráter de Cristo. Quero o amor de Jesus. Deixo a dor. Deixo as tristezas. Deixo o que me consome. Deixo os meus olhos, o meu coração, a minha boca, deixo o meu ser. “Tomo os teus olhos, ponho em ti a minha visão... Tomo o teu ser e derramo a unção sem limites.”

És meu pai, muito amado, adorado, soberano, digno, exaldado, admirado...
É uma dependência total. Um zelo preciso. Uma carência constante. Um afeto. “Eu te amo, amado meu... Eu te amo, ó noiva minha/ Quero estar contigo...” E mesmo sabendo que “Eu não mereço tanto amor. Eu não sou digno do teu perdão...” Eu te peço, pai. Te imploro: “Olha pra mim, Senhor... Pois eu preciso do teu olhar.” E sei que “sempre estás comigo, Senhor. Também sei que nada acontece sem a tua vontade.” Então, “Enche-me com teu espírito, derrama-me da tua unção.” Por que a tua palavra diz que “Se eu me humilhar diante do teu altar e sacrificar aquilo que me custar tu inclinarás os teus ouvidos ao meu clamor.” E é o que estou, o que procuro fazer. “Eu quero me esvaziar de mim.” É um desejo constante. É tocante.

Foi uma noite linda. Foi gratificante ouvir meus louvores. Marcou. Uma noite de adoração, noite de festa no céu, festa em mim, no meu quarto, meu cantinho de oração. “Sopra espírito de Deus neste lugar com teu poder e tua graça vem avivar...” Já são 4hs da manhã, paizinho. Obrigada, obrigada, porque “Sei que estais aqui, Senhor... Podes perceber quem sou” e sei também que foi perceptível que: “Um adorador por excelência, um adorador por excelência, quero ser.”

Para finalizar, eu declaro: Diante do todo poderoso, do Santo de Israel, do meu querido e amado amigo Espírito Santo, Do meu santo e precioso Jesus, declaro à trindade celestial, que se depender de mim, eu nunca, nunca vou renunciar esse amor. Essa fonte de águas vivas. Não deixo o meu Deus, o único Deus, por nada. NADA neste mundo me afastará dê ti. Porque “Distante dê ti, Senhor, não posso viver, não vale a pena existir.” Então, eu renuncio sim a minha carne, os meus sonhos, para viver pelo espírito. Para viver os teus sonhos, os teus projetos. Até porque, “Deus tem o melhor pra mim e o que impedido foi não se compara com o que há de vir.”


“Eu vou passar pela cruz e me quebrantar/ vou passar pela cruz e me arrepender/ Vou passar pela cruz porque ainda está manchada de sangue.” E “O filho do homem me libertou verdadeiramente, verdadeiramente.../ Posso erguer minha mãos aos céus levantar a a minha voz e adorar, levantar a minha voz e exaltar, levantar a minha voz só pra dizer: livre eu sou...”

sábado, 17 de dezembro de 2011

A vida é bela?


Inúmeras vezes ouvi essa frase soar aos meus ouvidos. Mas sempre sem a interrogação. Dei-me o luxo de sair apenas da afirmação. Na verdade, nunca escrevi sobre algo tão complexo, com múltiplos significados para cada ser pensante. A meu ver, o simples fato de acordar já é uma vitória. Falar, ouvir, enxergar e sentir. Observar se todos os nossos sentidos estão “ok” é interessante. (ninguém nunca lembra disso, eu sei) o que realmente vem ao caso é o por que da resposta: “Relaxe, a vida é bela”, quando estamos meio cabisbaixos, baixo autoestima e nos interrogamos sobre o porque da nossa presença neste mundo. A vida seria mesmo bela para aqueles que não têm um lar no momento? E para os que recebem cobranças todos os dias? E quando uma mãe escuta: “Mamãe, estou com fome” e esta não tem uma moeda no bolso? E quando pensamos que chegou o momento do “sertão virar mar” quando, na verdade, a seca nos apavora? Ou somos tão rejeitados a ponto de virar chacota? Você já foi renegado? Maltratado? Ouviu tantos palavrões referidos a você que até mesmo os desconhecia? É. Ninguém é tão perfeito a ponto de ouvir somente o que lhe satisfaz. Mas existem situações piores e exemplos melhores. Existem pessoas que me revigoram, as tomo como exemplo. Se a vida não é bela para os pobres porque lhes faltam dinheiro, para uma criança porque tem fome ou para o humano que ouve o que não lhe convém, tornara-se bela para os cancerígenos, aidéticos e asmáticos? O que dizer de uma criança em estado deplorável, mas que luta para viver? Observa as demais meninas com longos cabelos, sendo que em si mesma não há mais um fio. Não sabe o dia nem a hora, mas imagina que não durará tempo suficiente para casar, ter filhos, e terminar a faculdade. Não seguirá um padrão. O que dizer do projeto de vida dessas pessoas?
Somos tão irremissíveis, incontestáveis, até tentamos ser inquestionáveis, mas na verdade, não aceitamos a nossa vida, os nossos problemas, a nossa cruz. É. “A grama do vizinho sempre é mais verde que a nossa” e o Mais engraçado é que as nossas flores parecem não crescer, não desabrocham, se fecham, tanto no sol quanto na chuva. Assim é a nossa vida. Lutamos, caímos, lutamos novamente e parece que tudo tende a voltar ao início. Um dia estou bem, um dia estou mal. Um dia sou inteligente, outro dia esqueço tudo. Um dia tenho fé, um dia desacredito. É, somos assim, inconstantes. Mudamos meramente de opiniões, mas não é isso que vem a nossa mente nos difíceis momentos, eu sei. As 24 horas do nosso dia nos permitem pensar nos problemas, nas causas pendentes, nas falas ouvidas, nas dores sentidas. Sentimos raiva, rancor, mágoa, nos estressamos, e ainda insistem em dizer que a vida é bela? Pois é, você anda? Porque tem muita gente que não. Você fala? Come? Veste? Sente uma dor de cabeça e reclama? Olha, tem gente que passa dias no hospital e depois de tanto sofrimento vem a óbito. E a dor tende a ser coletiva. Lembre-se de que cada um tem o que suporta, e se mesmo assim essas pessoas nos transmitem alegria em viver, por que estamos aqui parados questionando? Sabia que o criador deste céu azul, essa estrela maior radiante e essa linda lua que você vê também te criou? E se cada um tem uma função, por que questionamos a nossa existência? Por que somos de tamanha ingratidão? Ei, lembre-se de que Jesus está no barco "E, subiu para o barco para estar com eles." (Marcos 6.51) Ele acalma a tempestade, faz o mar se abrir. E se nascemos, o que passamos é com a permissão do pai. Quando a tempestade vier, quando a desesperança surgir, as palavras fugirem, as lágrimas escorrerem, quando sua flor não quiser desabrochar, lembre-se de que Jesus disse que você é capaz, uma vez que ele te capacita. Ele acredita que você suportará tudo até o fim, sem murmurar. “Sem parar, sem vacilar, sem temer...” Afinal, ele não dá nada que não venhamos suportar. Existe uma palavra chamada reconhecimento. Você já ouviu falar. Há uma outra chamada fé. Você também conhece. E se elas fizessem parte do nosso dia a dia como dizemos, nunca questionaríamos: A vida é bela? Não aceito ler ou ouvir alguém dizer que não tem um projeto de vida. Não sabe pra que nasceu. Não aceita a vida que tem. Penso que seria bem mais remediável querer a vida dos outros. Os pais dos outros, a espiritualidade dos outros, a sabedoria, a materialidade dos outros. Mas acredite, o fato de ainda encontrar oxigênio para respirar, ter o sopro de vida, faz de você semelhante aos outros. Não precisa desejar ser ou ter igual. Ninguém é igual a ninguém, mas cada um faz por merecer. Talvez, se procurássemos fazer jus a palavra reconhecimento e o respectivo significado da palavra fé, entenderíamos que estamos nesse mundo com um propósito especial, um chamado único e o mestre dos mestres guia-nos mansamente... E se Jesus está no barco, agora, prefiro voltar a afirmar: A vida é bela. Não há mais o que temer. Questionar pra quê?