terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Alta madrugada





“Alta madrugada vai já estou cansada, mas ouço Deus me chamar... Eu vou já estou indo ao teu encontro, Senhor. Vou correndo ao teu encontro”

Um amor maior. Um amor tão grande. Uma adoração constante. Um prazer imenso. Um toque delicado. Uma nota suave. Um som aconchegante. Uma voz bradante.
Palavras, palavras. Não faltam palavras... Ele ouve. Me ouve. Não cansa. Eu digo, eu choro, me derramo. Ouço que: “Eu serei pai de multidões tocarei em muitas gerações...” Agora sim, sem palavras. Lágrimas, lágrimas, lágrimas.
E sei que tenho o dever de: “Anunciar tua salvação...”
E assim: “como fiz com Davi, com meu óleo te ungi pra reinar e vencer as batalhas...”

Ah, Deus, por quê as pessoas não querem, Senhor? Por quê não querem sentir a tua graça, tua imensa glória? Por quê, Espírito Santo? Por quê não renunciar a carne, os desejos, o pecado? Por quê, Deus? Se “não tenho tempo pra perder com ressentimentos porque Ele me ama... Ele me ama”. Se todos sabem que “Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito, para que todo o que nele crê não perca, mas tenha vida eterna.”? (João 3;16)

Ah, é inexplicável. Eu quero me afogar no seu coração. Adociar-me, encher-me da sua glória, seu espírito. Eu quero o caráter de Cristo. Quero o amor de Jesus. Deixo a dor. Deixo as tristezas. Deixo o que me consome. Deixo os meus olhos, o meu coração, a minha boca, deixo o meu ser. “Tomo os teus olhos, ponho em ti a minha visão... Tomo o teu ser e derramo a unção sem limites.”

És meu pai, muito amado, adorado, soberano, digno, exaldado, admirado...
É uma dependência total. Um zelo preciso. Uma carência constante. Um afeto. “Eu te amo, amado meu... Eu te amo, ó noiva minha/ Quero estar contigo...” E mesmo sabendo que “Eu não mereço tanto amor. Eu não sou digno do teu perdão...” Eu te peço, pai. Te imploro: “Olha pra mim, Senhor... Pois eu preciso do teu olhar.” E sei que “sempre estás comigo, Senhor. Também sei que nada acontece sem a tua vontade.” Então, “Enche-me com teu espírito, derrama-me da tua unção.” Por que a tua palavra diz que “Se eu me humilhar diante do teu altar e sacrificar aquilo que me custar tu inclinarás os teus ouvidos ao meu clamor.” E é o que estou, o que procuro fazer. “Eu quero me esvaziar de mim.” É um desejo constante. É tocante.

Foi uma noite linda. Foi gratificante ouvir meus louvores. Marcou. Uma noite de adoração, noite de festa no céu, festa em mim, no meu quarto, meu cantinho de oração. “Sopra espírito de Deus neste lugar com teu poder e tua graça vem avivar...” Já são 4hs da manhã, paizinho. Obrigada, obrigada, porque “Sei que estais aqui, Senhor... Podes perceber quem sou” e sei também que foi perceptível que: “Um adorador por excelência, um adorador por excelência, quero ser.”

Para finalizar, eu declaro: Diante do todo poderoso, do Santo de Israel, do meu querido e amado amigo Espírito Santo, Do meu santo e precioso Jesus, declaro à trindade celestial, que se depender de mim, eu nunca, nunca vou renunciar esse amor. Essa fonte de águas vivas. Não deixo o meu Deus, o único Deus, por nada. NADA neste mundo me afastará dê ti. Porque “Distante dê ti, Senhor, não posso viver, não vale a pena existir.” Então, eu renuncio sim a minha carne, os meus sonhos, para viver pelo espírito. Para viver os teus sonhos, os teus projetos. Até porque, “Deus tem o melhor pra mim e o que impedido foi não se compara com o que há de vir.”


“Eu vou passar pela cruz e me quebrantar/ vou passar pela cruz e me arrepender/ Vou passar pela cruz porque ainda está manchada de sangue.” E “O filho do homem me libertou verdadeiramente, verdadeiramente.../ Posso erguer minha mãos aos céus levantar a a minha voz e adorar, levantar a minha voz e exaltar, levantar a minha voz só pra dizer: livre eu sou...”

sábado, 17 de dezembro de 2011

A vida é bela?


Inúmeras vezes ouvi essa frase soar aos meus ouvidos. Mas sempre sem a interrogação. Dei-me o luxo de sair apenas da afirmação. Na verdade, nunca escrevi sobre algo tão complexo, com múltiplos significados para cada ser pensante. A meu ver, o simples fato de acordar já é uma vitória. Falar, ouvir, enxergar e sentir. Observar se todos os nossos sentidos estão “ok” é interessante. (ninguém nunca lembra disso, eu sei) o que realmente vem ao caso é o por que da resposta: “Relaxe, a vida é bela”, quando estamos meio cabisbaixos, baixo autoestima e nos interrogamos sobre o porque da nossa presença neste mundo. A vida seria mesmo bela para aqueles que não têm um lar no momento? E para os que recebem cobranças todos os dias? E quando uma mãe escuta: “Mamãe, estou com fome” e esta não tem uma moeda no bolso? E quando pensamos que chegou o momento do “sertão virar mar” quando, na verdade, a seca nos apavora? Ou somos tão rejeitados a ponto de virar chacota? Você já foi renegado? Maltratado? Ouviu tantos palavrões referidos a você que até mesmo os desconhecia? É. Ninguém é tão perfeito a ponto de ouvir somente o que lhe satisfaz. Mas existem situações piores e exemplos melhores. Existem pessoas que me revigoram, as tomo como exemplo. Se a vida não é bela para os pobres porque lhes faltam dinheiro, para uma criança porque tem fome ou para o humano que ouve o que não lhe convém, tornara-se bela para os cancerígenos, aidéticos e asmáticos? O que dizer de uma criança em estado deplorável, mas que luta para viver? Observa as demais meninas com longos cabelos, sendo que em si mesma não há mais um fio. Não sabe o dia nem a hora, mas imagina que não durará tempo suficiente para casar, ter filhos, e terminar a faculdade. Não seguirá um padrão. O que dizer do projeto de vida dessas pessoas?
Somos tão irremissíveis, incontestáveis, até tentamos ser inquestionáveis, mas na verdade, não aceitamos a nossa vida, os nossos problemas, a nossa cruz. É. “A grama do vizinho sempre é mais verde que a nossa” e o Mais engraçado é que as nossas flores parecem não crescer, não desabrocham, se fecham, tanto no sol quanto na chuva. Assim é a nossa vida. Lutamos, caímos, lutamos novamente e parece que tudo tende a voltar ao início. Um dia estou bem, um dia estou mal. Um dia sou inteligente, outro dia esqueço tudo. Um dia tenho fé, um dia desacredito. É, somos assim, inconstantes. Mudamos meramente de opiniões, mas não é isso que vem a nossa mente nos difíceis momentos, eu sei. As 24 horas do nosso dia nos permitem pensar nos problemas, nas causas pendentes, nas falas ouvidas, nas dores sentidas. Sentimos raiva, rancor, mágoa, nos estressamos, e ainda insistem em dizer que a vida é bela? Pois é, você anda? Porque tem muita gente que não. Você fala? Come? Veste? Sente uma dor de cabeça e reclama? Olha, tem gente que passa dias no hospital e depois de tanto sofrimento vem a óbito. E a dor tende a ser coletiva. Lembre-se de que cada um tem o que suporta, e se mesmo assim essas pessoas nos transmitem alegria em viver, por que estamos aqui parados questionando? Sabia que o criador deste céu azul, essa estrela maior radiante e essa linda lua que você vê também te criou? E se cada um tem uma função, por que questionamos a nossa existência? Por que somos de tamanha ingratidão? Ei, lembre-se de que Jesus está no barco "E, subiu para o barco para estar com eles." (Marcos 6.51) Ele acalma a tempestade, faz o mar se abrir. E se nascemos, o que passamos é com a permissão do pai. Quando a tempestade vier, quando a desesperança surgir, as palavras fugirem, as lágrimas escorrerem, quando sua flor não quiser desabrochar, lembre-se de que Jesus disse que você é capaz, uma vez que ele te capacita. Ele acredita que você suportará tudo até o fim, sem murmurar. “Sem parar, sem vacilar, sem temer...” Afinal, ele não dá nada que não venhamos suportar. Existe uma palavra chamada reconhecimento. Você já ouviu falar. Há uma outra chamada fé. Você também conhece. E se elas fizessem parte do nosso dia a dia como dizemos, nunca questionaríamos: A vida é bela? Não aceito ler ou ouvir alguém dizer que não tem um projeto de vida. Não sabe pra que nasceu. Não aceita a vida que tem. Penso que seria bem mais remediável querer a vida dos outros. Os pais dos outros, a espiritualidade dos outros, a sabedoria, a materialidade dos outros. Mas acredite, o fato de ainda encontrar oxigênio para respirar, ter o sopro de vida, faz de você semelhante aos outros. Não precisa desejar ser ou ter igual. Ninguém é igual a ninguém, mas cada um faz por merecer. Talvez, se procurássemos fazer jus a palavra reconhecimento e o respectivo significado da palavra fé, entenderíamos que estamos nesse mundo com um propósito especial, um chamado único e o mestre dos mestres guia-nos mansamente... E se Jesus está no barco, agora, prefiro voltar a afirmar: A vida é bela. Não há mais o que temer. Questionar pra quê?