domingo, 11 de setembro de 2011

E a essência és tu...

É como uma semente que brota. Como uma flor que nasce. Como uma planta que precisa de água e luz para sua sobrevivência. É assim o meu amor pelo Senhor. Eu preciso desse amor para minha existência. Preciso de uma fonte de águas vivas para me encher. Como uma foz que precisa da água para desembocar. Um ser humano cheio e carente, ao mesmo tempo, da presença do Senhor.
Sabe quando você precisa, sente que precisa compartilhar com alguém um momento? Pois é. É como se uma porção de gozo e alegria preenchesse o meu coração no momento em que me encontro falando com o pai. Não há nada melhor que se entregar e sentir o seu toque. Falar, e saber que alguém te ouve. E o melhor: ele não se importa com as nossas vertes, nosso corpo, com a nossa riqueza, com as nossas palavras rebuscadas ou mais pobres que sejam. Ele APENAS quer nos ouvir. Ele me aceita como estou, no momento que for, na hora, minuto, segundo. O tempo que for necessário. E mesmo sabendo que a minha disponibilidade é muito menor que a dele. A minha fidelidade é muito menor que a dele. O meu carinho é muito menor que o dele. A minha força é muito menor que a dele. Mesmo sendo muito menor, mesmo errando, e não reconhecendo, ele sempre me ouve. Acolhe-me em seus braços de amor. Ele me ama, ele cuida de mim. Ele é a minha fonte de alegria. É nele que eu deposito minha confiança, e é por ele e para ele que vivo. Não consigo entender porque tantos o rejeitam. Eu só queria que todos sentissem um pouco do que sinto, que todos tivessem a mesma vontade de servir, de ser grato, de honrar, obedecer, crer em sua existência, crer no seu amor. Será que o simples fato de saber que alguém morreu por você não basta? E se, além disso, você souber que ele carregou todas as suas dores? Você não acredita, não é mesmo? Há algum tempo, muito tempo, eu também já me perguntei. Como posso crer em alguém que nunca vi? Como posso saber que ele realmente existe? Posso contar uma experiência? Aos 7 anos de idade eu sofri um acidente, minha mãe tinha 12 dias de convertida, ou seja, acabava de viver o primeiro amor. Como consequência do ocorrido, eu cortei a perna. Foram três cortes. Eram profundos, sangrava muito e eu cheguei a ver meus ossos. Foi realmente horrível. Ao chegar ao hospital, não havia médico disponível no momento, outras pessoas passavam por situação piores que a minha. Ao momento da espera, não parava de escorrer sangue. Jorrava. Era muito sangue. Minha mãe e um vizinho, que nos socorreu, começaram a orar. Eu não entendia nada, era apenas uma criança que ia para igreja sem compromisso. Não tinha noção das coisas. Mas a sua fé foi tão grande que o sangue estancou. Você entendeu? O Sangue PAROU DE JORRAR. Naquele momento, minha mãe começou a chorar agradecendo a Deus. Após um tempo, o médico chegou, e falou: - O que houve com essa menina? Ele olhou para enfermeira e perguntou o que ela tinha feito. Ela respondera que nada havia feito e que pelo tanto de sangue que aquela menina tinha derramado era para, no mínimo, ocorrer um desmaio porque sua situação era mesmo perigosa e terminou dizendo que minha mãe tinha orado. (claro que não foram estas as palavras, mas eu me lembro muito bem da feição do médico e suas palavras semelhantes - Era um tempo que médicos ainda dialogavam com pacientes) Eu apenas ouvia e ficava com medo de tudo aquilo. Minha mãe, muito calma, me tranquilizava. Quando eu cresci, com uns 9 anos de idade mais ou menos, foi que eu entendi tudo aquilo. Foi quando eu realmente tive um encontro com Cristo. Foi quando eu realmente entendi o que era fé. Não havia outra forma de dizer como o sangue estancou. Porque eu presenciei, talvez, contando, ou lendo não faça o mesmo efeito. É a mesma coisa de eu chegar para você, e dizer: Moisés abriu o mar vermelho e passou com seu povo. Você pensaria: Moisés é mágico? “Abra-se o mar” e o mar abriu. Obvio que você não acreditaria. Eu também não, mas quando pesquisamos a própria bíblia nos mostra que demorou, não foi nenhuma magia. “Moisés estendeu a mão sobre o mar, e Deus, o Senhor, com um vento leste muito forte, fez com que o mar recuasse. O vento soprou a noite inteira e fez o mar virar terra seca. As águas foram divididas.” (Êxodo 14; 21) Mostrando de onde vem, É mais fácil de convencer, acreditar. Então, se eu presenciei, e mais, aconteceu comigo, não há como não acreditar. Só há como agradecer. E foi a partir dai que eu passei a crer nesse Deus. A crer que ele realmente existe. Eu sinto a sua presença, sei do seu cuidado pela minha vida. Sei que fui escolhida para fazer a diferença no mundo. E sei também que nunca, se depender da minha vontade, eu nunca vou deixar esse Deus. É quem me anima e me fortalece para viver nesse mundo tão corrompido e traiçoeiro. É a minha vida, a minha essência, a minha fonte que nunca há de secar. Obrigada, Senhor, por me escolher, por me dar a vida e pelo PRIVILÉGIO de te conhecer.


“Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.” (Mateus 22; 14)


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